quinta-feira, 18 de abril de 2013

os economistas e seus alardes

depois de desistir de fazer a faculdade de medicina fiquei meio perdido... por sugestão de amigos que também cursavam o científico optei por fazer um vestibular para a área da economia. afinal a profissão estava em alta no final da década de 60.

costumavam dizer que o caos inicial do universo era criação dos economistas...

passados mais de 40 anos, nada mudou. os economistas continuam causando o caos...

carlos geraldo langoni faz uma análise sobre: 'o dilema inflacionário', comparando uma série de dados e, claro, apresentando severas críticas à área econômica do governo e apontando o seguinte...


Diagnóstico:
Ficam expostos erros na estratégia governamental que baseou-se em um cenário equivocado de novo mergulho recessivo da economia mundial com impacto deflacionário.
Essa foi a justificativa para cortes agressivos e preventivos na taxa básica de juros a partir de julho de 2011. O que ocorreu, durante algum tempo, foi descompressão localizada apenas dos preços no atacado.
Os preços ao consumidor, entretanto, mantiveram-se oscilando em patamar elevado - em torno de 6%.
O Governo perdeu a batalha das expectativas quando o BC sinalizou que o foco de sua atuação era crescimento e não mais a meta de inflação: desconstruiu-se a arquitetura macro consistente já abalada pelo abandono do câmbio flutuante e menor rigor na condução da política fiscal.

Investimento:Por outro lado, os instrumentos para estimular a economia continuavam concentrados no consumo. 
  • Os investimentos foram afetados pela onda de incerteza externa e pelo viés ideológico que dificultou a abertura de espaço para a empresa privada em setores-chave de infraestrutura, mesmo reconhecendo as limitações gerenciais do setor público.
  • A demora em retomar as licitações no setor de petróleo e gás é um exemplo contundente.
  • Em outras áreas, como setor elétrico, aeroportos, rodovias e ferrovias, a ênfase em reduzir tarifas acabou limitando de forma irrealista as taxas de retorno.
  • À medida em que a crise internacional ia se dissipando, intervenções do Governo em setores - chave - como portos - realimentou incertezas, impactando negativamente decisões de investimento.
Em resumo, parece estar suficientemente claro de que as pressões inflacionárias são crônicas e não podem ser combatidas por ações pontuais.
A autonomia do Banco Central – destacada como vital pelo FMI para consolidar a estabilidade - está em xeque assim como sua credibilidade: não há mais justificativas para postergar o aperto monetário.
O impacto sobre o crescimento deverá ser limitado e transitório. O IBC-Br do Banco Central – indicador antecedente da atividade - aponta para moderada contração (-0,52%) em fevereiro.
É a confirmação de que, mesmo com juros artificialmente baixos, o PIB deverá avançar gradualmente este ano. De acordo com mesmo indicador, a evolução do PIB nos últimos 12 meses terminando em fevereiro é de 0,83%.
O novo ciclo de elevação da SELIC é fundamental para quebrar a rigidez das expectativas inflacionárias, abrindo espaço para um comportamento mais favorável da inflação no próximo ano.
O abandono da fórmula heterodoxa irá gerar custos políticos: a aposta de que viabilizaria saltos no crescimento potencial foi totalmente frustrada.
De qualquer forma, esse ônus inevitável é bem menor do que o impacto regressivo da aceleração dos preços. A inflação de baixa renda (1 a 2,5 salários mínimos) já flutua na faixa de 7,15% ao ano, podendo interromper o círculo virtuoso da mobilidade social - principal ativo do Governo na corrida eleitoral do próximo ano.

claro que a política adotada pelo governo desde 2008 tinha pequeno folego... não é possível crescer somente com base em estratégias que aumentam o poder de consumo das classes 'c' e 'd' oferecendo-lhes empréstimos em prazos absurdos, mesmo para os bens duráveis...

quando o pib aponta o aumento do setor de serviços, na realidade ele está indicando que os agentes financeiros estão ganhando mais, forçando a elevação do pib, sem que isso signifique, necessariamente, desenvolvimento.

outro erro que os governos cometem, invariavelmente, é 'apostar no crescimento...'

o que cresce, em qualquer organismo, além do desenvolvimento natural, consistente e sustentável, é desastroso. nos organismos vivos esse crescimento é conhecido como 'câncer'...

o país tem um enorme potencial, que os economistas teimam em não considerar. somos um país com grande vocação para geração de riqueza real, baseada na agricultura e na pecuária, além das áreas extrativistas (que são danosa ao país, no médio e longo prazo).

essas riquezas são proporcionadas pela riqueza que o sol e a abundância de água ao nosso dispor. e não aproveitamos...

pense nisso

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