quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Fwd: De onde virá a redenção?



Repasso com o comentário recebido.

==========================

Aos amigos, comentários sobre a crise institucional que aflige o Brasil...

+++++++++++++++++++++++++

 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

 

De onde virá a redenção?

Mudanças e tendências importantes começam a emergir na América do Sul; na política, os ventos de esquerda parecem amainar, reduzindo o ímpeto de governos afoitos por caminhos populistas.

 

Na Argentina em reviravolta inesperada, derrota-se a maquina Peronista. Face a decadência constatada da economia argentina, o novo governo, reconhecendo os erros da antecessora, procura na ortodoxia econômica a correção de rumo. Graças a eleição do presidente Macri vislumbra-se novo caminho, evita-se o desastre que se anunciava.

 

Na Venezuela, onde o Chavismo parecia blindado pelo apelo popular, eleições revelam o grau de repúdio que se instala, não apenas nas classes mais favorecidas, mas também nos segmentos mais populares. Assim, graças à instalação de um novo parlamento, onde a Oposição predomina,  dá-se o primeiro passo para a correção de rumo que poderá redimir a sofrida nação.

 

Já no Brasil, pouco pode se esperar do executivo, este comandado por pessoa comprovadamente despreparada para o cargo para o qual foi eleita. Dilma Rousseff  recusa admitir os perigos que decorrem de uma estrutura administrativa integralmente voltada para a montagem do poder político, abandonando qualquer tentativa de dar ao país uma administração competente. Quanto à política econômica, esta segue a cartilha de uma ideologia já condenada, alheia à realidade dos fatos.

 

Em adição, o país observa um Congresso cujos representantes já abandonaram, há muito, o sentido do dever, o sentido da retidão, o sentido da vergonha. Comandado por dois presidentes, um da Câmara, outro do Senado, já suspeitos de transgredirem  as leis e os bons costumes, deles o Brasil nada pode esperar. Ainda, pouco ou nada se espera da Oposição, perdida no tumulto de suas ambições desencontradas.

 

Resta, assim, tão somente o Judiciário como elemento corretivo da anomia política, econômica e moral que aflige a nação. Em um dos extremos da estrutura judicial tem-se a primeira instância comandada pelo Juiz Sergio Moro. Este, solitário, enfrenta com imparcialidade e dignidade inimigos poderosos e perigosos. Merece o respeito do povo brasileiro pela esperança que lhe é  oferecida.

 

Sua relevância depende, contudo, do outro extremo hierárquico do judiciário, o Supremo Tribunal Federal. Apesar de temporariamente comandado por aliado do Executivo, a instituição revela um naipe de Ministros corretos e de profundo saber. Falta-lhe, todavia, a liderança de um Joaquim Barbosa, cujo sucessor talvez se revele impelido pela importância da missão. Torna-se essencial o apoio do  STF às decisões emanadas  das instâncias inferiores assim  derrubando as muralhas da impunidade, favorecendo  a moralização política do país.

 

Postado por Pedro Leitão da Cunha às 22:14 

 

 

www.blogdopedrodacunha.blogspo


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Fwd: O crachá dourado da Petrobras

O crachá dourado da Petrobras

Mesmo no preju, a estatal mima seus funcionários com benefícios bem companheiros – um deles pode custar pelo menos R$ 3,5 bilhões à companhia

SAMANTHA LIMA

22/01/2016 - 20h58 - Atualizado 22/01/2016 20h59

Centro do Rio de Janeiro, Avenida República do Chile, 65: cuidado, ali funciona a sede da Petrobras. É um local perigoso. Quem bate ponto nesse endereço está sujeito à faina de gatunos (na mesa ao lado) e pivetes (nas ruas). Só pode ser por tão boas e fundadas razões que os funcionários dali – e de outros escritórios da estatal – recebem, todo dia 25, um "adicional" equivalente ao de periculosidade e de horário noturno. Por lei, esse tipo de adicional é pago àqueles que trabalham longas noites nas refinarias ou nas plataformas a centenas de quilômetros da Costa, onde passam semanas embarcados, comem em refeitórios, dividem dormitórios com colegas e convivem com o balanço nauseante do mar aberto. Ao pagar salários similares a quem atua no perigo dos gabinetes e a quem atua no perigo das plataformas, a estatal, para completar a patuscada, conseguiu enfiar-¬se numa disputa judicial que pode subtrair pelo menos R$ 3,5 bilhões do já seco caixa da empresa – o prejuízo pode chegar a seis vezes esse valor. Pobre do investidor que comprou ações da Petrobras (R$ 4,50, ou um cafezinho). Não havia sinal de perigo.

O adicional malandro apareceu nove anos atrás, por obra de sindicalistas que passaram a ocupar cargos de chefia na Petrobras. Em 2007, o gerente de recursos humanos, Diego Hernandes, e o gerente de relações sindicais, Jorge Cândido, ambos ex-dirigentes daFederação Única dos Petroleiros, a FUP, firmaram um acordo com sindicatos amigos. Ficava instituído que trabalhadores contratados a partir de 2002 teriam direito a uma benesse concedida aos mais antigos, contratados até meados dos anos 1990. A vantagem era a seguinte: para agradar a um empregado que deixasse de trabalhar nas plataformas e passasse a atuar nos escritórios – perdendo, assim, o adicional de periculosidade –, a Petrobras oferecia um bônus que mantinha o salário na faixa anterior. Uma tremenda boquinha, tocada por Hernandes, ligado ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari, que é investigado sigilosamente na Lava Jato, e a José Dirceu, que está preso.

A Petrobras passou quase dez anos sem contratar e, quando retomou os concursos, em 2002, havia excluído essa vantagem dos novos contratos de trabalho. Pressionados pelos antigos companheiros de sindicato, Hernandes e Cândido cederam. Criaram um mecanismo de equiparação e mantiveram a política de pagar o equivalente a um adicional de periculosidade para funcionários que trabalham em escritórios. Com o acordo, eles faziam um agrado aos sindicatos amigos, ávidos por filiar mensalistas e engordar seu caixa. Os dois gerentes eram bancados em seus cargos pelos ex-¬presidentes da Petrobras, ambos petistas, José Eduardo Dutra (morto em 2015) eJosé Sérgio Gabrielli, também investigado na Operação Lava Jato. A FUP é aliada ao PT. 

Apesar de terem aceitado, em 2007, o acordo de equiparação dos salários, os sindicatos de petroleiros – inclusive os 14 reunidos na FUP – decidiram questionar na Justiça do Trabalho a forma como se calculam esses complementos. Os sindicatos argumentam que quem trabalha em condições piores está sendo prejudicado – jura? A Petrobras afirma que, caso prevaleça o cálculo proposto pelos sindicatos, o salário de um funcionário de nível médio com direito aos adicionais pode subir de R$ 12 mil para R$ 17 mil. A estatal ganhou as primeiras ações, apresentadas em 2010, mas desde 2013 acumula derrotas nos tribunais. Agora, recorre ao Tribunal Superior do Trabalho. O Ministério Público do Trabalho já deu parecer favorável ao pedido dos sindicatos.

Situações assim foram criadas sob o pretexto de "desfazer desigualdades" e de "reter talentos", nos tempos da exuberância, quando um barril de petróleo custava mais de US$ 100 e o pré-sal parecia viável. Tudo isso ficou para trás. Mas isso não é problema dos empregados, dizem os sindicatos. As entidades reproduzem uma cultura arraigada entre os funcionários da Petrobras: a ideia de que, por trabalharem em condições difíceis e por terem passado em concursos duríssimos, eles merecem todo tipo de benefício, independentemente do contexto em que a empresa se encontre. Com esse raciocínio, os sindicatos arrancaram da Petrobras em 2014 um acordo que garantiu o pagamento de R$ 1 bilhão de participação nos lucros e resultados do ano anterior, embora a empresa não só não tenha registrado lucro, como uma perda de R$ 21,6 bilhões. Representantes dos acionistas minoritários no Conselho de Administração da Petrobras se opuseram ao pagamento. Foram vencidos pelos representantes do governo.

No meio de 2015, Murilo Ferreira, presidente da Vale e então presidente do Conselho da Petrobras, tentou combater essa cultura – que inclui outros privilégios (leia no quadro ao lado). Ferreira questionou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, sobre outra benesse: o "programa de avanço de nível". O mecanismo permitepromoções automáticas, baseadas apenas no arcaico conceito do tempo de serviço. Os funcionários com bom desempenho ganham, anualmente, um aumento de 4%. Os mal avaliados também – só precisam esperar dois anos. Somente em 2015, essas promoções custaram quase meio bilhão de reais. Bendine, porém, manteve as promoções.

Procurada, a Petrobras disse, por meio de nota, que não comenta o complemento equivalente à periculosidade porque o assunto é alvo de disputa judicial. Afirmou, ainda, que a política de recursos humanos tem como base "análises de contextos interno e externo". A Federação Nacional dos Petroleiros, a FNP, que congrega cinco outros sindicatos que não a FUP, diz que os benefícios pagos pela Petrobras estão "aquém de outras petroleiras do mundo". Segundo seu tesoureiro, Agnelson Camilo, benefícios como reembolso de medicamentos e educação dos filhos dos funcionários deveriam ser oferecidos "por todas as empresas". Camilo diz que, ao contrário da FUP, a FNP "desde sempre" discordou do cálculo da remuneração mínima. Procurados, a FUP e Diego Hernandes  não responderam e Jorge Cândido não foi localizado pela reportagem.


sábado, 2 de janeiro de 2016

Quando a copa chegar...

Obs.: Este texto foi escrito no dia 24 de julho de 2011. Um ano antes de nosso fiasco..


Tenho estado em várias cidades brasileiras nos últimos meses. Na maioria vezes em capitais dos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste...
Em cada uma delas pude observar alguns sinais do despreparo existente sobre algumas questões, que considero essenciais. Parece que os governantes, tanto da esfera federal, como da estadual ou municipal, preocupam-se mais com grandes planos... só não fica muito claro qual o custo e quem serão os beneficiados com eles...
Há algumas questões que vem se agravando, as mais comuns são:

Na vida cotidiana:

ü  O trânsito das cidades anda caótico. A quantidade de carros em circulação é crescente e já parece estar acima de qualquer índice razoável em relação às vias públicas existentes. Sem abordar a questão de lógica, sinalização, espaços destinados ao tráfego e estacionamento. Dependendo da distância a ser percorrida uma caminhada despende um tempo menor que o automóvel. Os estudos mostram que a velocidade média dos veículos nas cidades – mesmo em horas fora dos “picos” – está menor do que a das carroças ou charretes utilizadas até meados do século passado.
ü  Os trabalhadores, de um modo geral, estão morando em áreas sem grande infraestrutura, com riscos à saúde (falta de água, saneamento, etc.), riscos de segurança, falta de escolas e postos de atendimento médico. Grande parte do dia desses trabalhadores é consumida com o tempo despendido em sua locomoção entre o local de sua casa e o trabalho, além do grande desconforto e isolamento familiar.
ü  Os restaurantes, especialmente aqueles mais populares, estão com graves problemas de higiene e limpeza. Sem entrar na questão da qualidade dos mesmos, a efetividade de sua validade alimentar ou na possibilidade de acesso pelos preços praticados.
ü  As calçadas não oferecem a segurança mínima necessária aos pedestres. Sujeira, buracos, objetos deixados sobre a mesma, dificultam a todos. Nem entro no aspecto de acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. De nada adianta construir rebaixamento nas guias, para trânsito de cadeirantes, se o passeio é feito de forma inclinada, mantido com buracos ou materiais que impedem a passagem.

Nos deslocamentos entre cidades

ü  As estradas encontram-se em estado precário de conservação. As que estão bem conservadas possuem praças de pedágio ao longo do trecho que encarecem bastante o custo de deslocamento, de pessoas e mercadorias.
ü  Os aeroportos estão no limite, não necessariamente quanto ao numero de vôos, mas em relação ao acesso aos mesmos. Está cada vez mais difícil de se chegar aos mesmos por conta da falta de previsibilidade das áreas de desembarque das pessoas que irão embarcar.
ü  As cidades estão com ocupação de hotéis tomada, por tantas pessoas que viajam. Além disso muitos já ostentam tabelas de preços fantasticamente elevados, “por conta da época da copa”.
ü  Os serviços prestados nos aeroportos estão sofríveis em termos de higiene, limpeza e organização; e, qualquer consumo de alimentos, especialmente, com preços extremamente elevados.

No atendimento à segurança

ü  Nesta área estamos caminhando para situações de extrema gravidade. Além do aumento de ações criminosas contra qualquer pessoa há um contingente de segurança cada vez menor e menos preparado.
ü  A segurança também é impactada no trânsito, onde cresce o risco de acidentes com gravidade por conta da falta de responsabilidade de uma parte dos motoristas que teima em dirigir em alta velocidade e sem estar convenientemente sóbrio.
ü  Se o cidadão que sofreu alguma violência for cumprir com seu dever e fizer a queixa terá de despender um bom tempo, até encontrar onde poderá ser atendido. Sem falar na questão da cordialidade e atenção por parte dos atendentes. Falta-lhes preparo.

Esta lista poderia continuar. Nosso crescimento é comprometido pela falta de importantes investimentos nas áreas essenciais a todos. Não importa em qual momento estejamos nos referindo...
Resta, entretanto, a esperança de que “quando for a época da Copa Mundial de Futebol” todas as questões, inclusive as listadas acima estarão resolvidas. Ao menos é o que as nossas autoridades estão nos informando. Tudo estará pronto no momento em que se iniciarem os “jogos da copa”!
Espero que as pessoas passem a desligar seus aparelhos de televisão e passem a perceber melhor o ambiente em que vivem... Acorda Brasil!!!



_______________________________

Voltando ao presente:

Apesar de tantas experiências vividas no ano de 2015, com as nossas mazelas sendo expostas e sendo revelado o tipo de governo, governantes, políticos e líderes do país.

Desejamos que o ano de 2016 passe a limpo toda a desonestidade que tenha sido praticada, que haja justiça e, principalmente, que passemos a nos desenvolver novamente.

Feliz Ano Novo a todos!